quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Adolescentes – e quando as coisas dão errado?


Conseguindo ajuda quando as coisas dão errado
Uma das coisas mais difíceis para os pais de jovens é entender qual o momento certo de intervir e quando faz mais sentido esperar para ver. 
Uma das características do adolescente é a curiosidade, o querer colocar os pais à prova e ir um pouco além dos limites. 
Se você se lembrar de sua própria adolescência, terá exemplos de comportamentos que extrapolaram e foram bastante violentos – seu mesmo, ou de um amigo – e que, felizmente, não tiveram consequências sérias. 
Os pais aceitaram o fato e os jovens amadureceram um pouco mais. 
Os pais precisam dar algum espaço para os filhos, mas ao mesmo tempo precisam reconhecer que todo comportamento possui um significado. Aquele rompante foi um gesto de desafio ou de rebeldia, ou será que indica que algo está errado e precisa de mais atenção? Seu filho corre perigo de sair dos eixos, ser expulso da escola, ser preso pela polícia, ou é melhor você aguardar o momento propício?

Quando você precisa de ajuda profissional
Haverá ocasiões durante a vida de seus filhos adolescentes em que as suas preocupações irão além dos problemas diários e você se sentirá totalmente perdido. Talvez seja o momento de pedir conselho e apoio, mesmo que seja apenas uma reafirmação do que você vem fazendo. Lembre-se de que, se o seu filho é atendido pelo mesmo médico que você, este talvez não possa lhe dizer o que seu filho lhe confidenciou, devido à ética profissional e normas de confidencialidade necessárias com qualquer pessoa, mesmo menores de 16 anos. Existem situações em que conversar com alguém é muito importante:
• Ocorreu uma mudança significativa no comportamento de seu filho, ou em seu estado emocional, e isto mantém-se de modo persistente. Está visivelmente mais agressivo, ou ausente. Você não consegue identificar um motivo óbvio, tal como a morte de alguém próximo ou o término de um longo relacionamento.
• Você suspeita que o seu filho esteja a ponto de se machucar. Já tentou suicídio ou existe evidência de ferimentos auto induzidos na forma de cortes ou marcas de queimaduras pelo corpo.
• Seu filho perdeu o interesse pelas atividades escolares, hobbies e amigos, parecendo cansado, sem energia e com dificuldades para se concentrar. Pode ter mudado seus hábitos alimentares e de sono. Estes podem ser sinais de que seu filho está deprimido, ou que se envolveu com o uso contínuo de drogas. E podem ser as duas coisas também. O que os adolescentes precisam de seus pais Não existe um modo “certo” de sermos “bons” pais, mas as sugestões a seguir podem ajudar os pais e outros que cuidam de adolescentes:
• Estabeleça limites e mantenha o controle, mas mantenha também um diálogo aberto com seus filhos e mostre-se disposto a reavaliações.
• Mantenha abertas as linhas de comunicação o máximo possível – os adolescentes que se sentem ouvidos mostram um melhor desenvolvimento emocional e acadêmico.
• Tente e mantenha um equilíbrio entre respeitar a privacidade de seu filho e, ao mesmo tempo, manter a vigilância sobre ele.
• Os adolescentes adoram ser tratados com justiça e com demonstrações de que são confiáveis.
• Os pais que se envolvem emocionalmente – prestando atenção e devotando tempo – têm papel crucial nos sentimentos dos filhos a respeito de si mesmos. Principalmente para os garotos, o envolvimento do pai, ou da figura paterna, importa mais do que se moram na mesma casa ou não.
• Os adolescentes apreciam os pais que encorajam as suas iniciativas.
• Um forte apoio emocional da família é a arma mais poderosa contra a pressão dos pares. Os pais precisam saber dos fatos a respeito das diferentes drogas disponíveis e seus riscos à saúde. Aqueles que estão preparados para discutir a questão e fornecem conselho e apoio provavelmente conseguirão os melhores resultados. Tentar assustar os adolescentes para que se afastem das drogas provavelmente não seja eficaz. Consiga ajuda profissional, se necessário. • Se o seu filho ou filha vierem a ter problemas como, por exemplo, uma gravidez indesejada ou o envolvimento em atividades ilegais, apoio, conselho e reafirmação serão ainda mais importantes.
• Não é onde você mora, quanto você ganha ou a dimensão e a estrutura de sua família que podem fazer a diferença. O que mais importa são os relacionamentos – como você cuida e interage com seus filhos.
• Você tem um papel importante a desempenhar na determinação daquilo que irá acontecer em seu relacionamento com seu filho e na maneira como ele se desenvolverá como adulto. Ajuda se você parar para pensar a respeito.
• Se o problema persistir, consiga ajuda externa.
• Lembre-se: aprecie os momentos com seu filho adolescente e divirta-se.
• Os hábitos alimentares obsessivos e extremos - grave perda de peso, ganho de peso ou evidência de vômitos após as refeições – indicam a possibilidade de um distúrbio alimentar subjacente.
• O seu filho adolescente envolve-se em atividade violenta e de risco e pode estar com problemas com a lei.
• A recusa de seu filho em ir para a escola vem persistindo há algum tempo.

O final da adolescência: no limiar
Se todos “sobreviveram” aos primeiros anos e seu filho passou pela experiência tendo um vislumbre de quem é e alguma ideia do que deseja ser, isto significa que vocês já percorreram um longo caminho juntos. Agora resta o próximo e dramático passo a seguir. A transição entre a adolescência e a vida adulta, entre a escola e o mundo do trabalho, é a próxima et tapa no processo contínuo de separação e mudança.

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