terça-feira, 26 de julho de 2016

O banho do bebê



O banho do bebê pode ser um momento gostoso para os pais, mas também pode gerar muitas dúvidas. Na tentativa de esclarecer o que se deve ou não fazer nessa hora, dermatologistas americanos reuniram as principais recomendações em um novo artigo, que foi publicado no International Journal of Dermatology, uma revista científica especializada em dermatologia.

Como o Brasil é um país tropical, com hábitos diferentes dos Estados Unidos, algumas dicas do artigo não valem para nós. Confira abaixo todas as questões levantadas pelos americanos e o que a dermatologista Kerstin Abagge, presidente do departamento científico de dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), tem a dizer sobre elas:

- O primeiro banho de um recém-nascido só deve acontecer cerca de seis horas após o nascimento, quando sua temperatura corporal e suas funções cardiorrespiratórias estiverem estáveis. Segundo Kerstin, a estabilização do recém nascido tem relação com sua respiração, cor e aquecimento, e geralmente é preciso esperar algumas horas antes do primeiro banho.

- Para os americanos, o banho diário não é necessário, e devem ser limitados a um dia sim, um dia não. Nos dias sem banho, eles afirmam que a higiene pode ser feita com um pano úmido para limpar o corpo e o rosto. Kerstin, no entanto, afirma que, aqui no Brasil, não há problema em dar banho diariamente. Nos dias mais quentes, inclusive, é possível dar mais de um por dia, desde que os banhos extras sejam rápidos e apenas com água, para evitar o ressecamento da pele do bebê. No inverno, como a pele fica mais ressecada, o banho deve ser mais curto e com a água na temperatura de sempre. Não precisa aquecer mais por conta do frio.

- Na hora do banho, o ideal é deixar a maior parte do corpo do bebê imerso na água, exceto a cabeça e o pescoço. Isso facilita que a criança mantenha sua temperatura corporal. Porém, alguns centímetros de água bastam para que isso aconteça. Os pais devem segurar o bebê o tempo todo enquanto ele estiver na banheira.

- A temperatura ideal da água é entre 36ºC e 37ºC. É possível medir a temperatura com termômetros específicos para o banho ou usando o antebraço. É comum que a temperatura ideal da água para o banho do bebê dê a impressão de morna aos adultos. Por isso, testar no antebraço ou com o dorso da mão é mais eficiente.

- Em relação aos produtos, o artigo recomenda que o banho seja apenas com água, pois a pele do recém-nascido é suscetível a infecções e irritações. Mas, a especialista afirma que é possível usar sabonete (líquido ou em barra) desde que o pH fisiológico seja em torno de 5,5. O sabão deve ser enxaguado completamente após o uso.

- Apesar da enorme quantidade de produtos para bebês, a pele deles raramente necessita hidratantes ou loções pós banho. Seu pH é ácido, o que ajuda a criar uma espécie de barreira protetora contra germes. Se, ainda assim, você quiser usar um desses cosméticos no seu filho, converse com o pediatra e escolha um produto com pH neutro para não alterar essa barreira, com pouco perfume e poucos produtos químicos.

- As fraldas devem ser trocadas a cada duas ou quatro horas ou no momento em que você percebê-la suja. O ideal é limpar o bebê apenas com água e um pano macio ou algodão. Se os lencinhos úmidos forem a única opção, prefira os produtos sem álcool ou lanolina. Em caso de assadura, o pediatra deve ser consultado para indicar o tratamento mais adequado.

Dicas para driblar o medo na hora de dar banho no seu filho 

Segurar errado, deixar o bebê escorregar, cair água no ouvido, sabão nos olhos... É comum ouvir de alguns pais e mães que eles sentem medo de dar banho no bebê. Se esse é o seu caso, tenha calma! A recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é que você sempre peça orientação ao pediatra, inclusive na hora de comprar produtos que prometem facilitar o banho. Borrachas antiderrapantes para a banheira, por exemplo, podem não ser muito higiênicas e reter bactérias.

Uma dica de ouro é deixar tudo preparado antes do banho. Coloque o xampu destampado e o sabonete ao lado da banheira. Algodão, pomada contra assadura, toalha, fralda e roupa limpa ficam na cômoda para ajudar na hora de pôr a roupa. E não se esqueça de higienizar a banheira com sabão neutro após cada banho.


Fonte: http://www.hospitalinfantil.saude.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=583&tit=Novas-recomendacoes-para-a-hora-do-banho-dos-recem-nascidos

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Você sabe limpar os ouvidos dos seus filhos?



Alguma vez você tentou limpar os ouvidos do seu bebê com alguma haste flexível de algodão? Pois se alguma vez você tentou, não deveria repeti-lo. Não é necessário limpar os ouvidos do bebê. A cera que se forma na cavidade dos ouvidos do pequeno tem a função de proteger o canal externo contra elementos estranhos como a poeira, a umidade e as bactérias, e por isso essa cera não deve ser retirada. A única coisa que se pode limpar é a parte externa dos ouvidos, cuidadosamente, e durante o banho.

Os ouvidos dos bebês, principalmente os recém-nascidos, são muito delicados. Pode produzir um pouco de cerume (cera), uma substância pegajosa de cor amarelada, mas não quer dizer que o ouvido esteja sujo. A única coisa que a mãe pode limpar é a parte externa dos ouvidos e nada mais. Ainda assim, deve fazê-lo com muito cuidado, de preferência durante o banho, utilizando uma toalhinha, pano úmido ou hastes flexíveis de algodão, sempre com movimentos para fora. Em caso algum a mãe deve utilizar palitos, grampo, ponta de lápis ou qualquer outro objeto pontiagudo. Jamais se deve tentar tirar a cera do ouvido do bebê introduzindo algum objeto, nem sequer os bastonetes flexíveis de algodão.

Se tentarem tirar a cera do ouvido do bebê, pode ser que isso cause efeito contrário. Ao invés de tirar a cera, pode ser que você acabe empurrando-a para dentro do ouvido. Além disso, se você introduzir algum objeto pontiagudo correrá o risco de causar danos ao tímpano, com um simples movimento inesperado do bebê. Na revisão médica de rotina, o pediatra também comprovará o estado dos ouvidos do bebê.

A mãe ou o pai, na hora do banho do bebê, também devem observar alguns detalhes. Se observarem que a consistência da cera é fina e amarelada, como deve ser, não há problema. Mas, se notarem que a substância muda e varia a sua cor e textura, deve-se procurar o pediatra, sem tentar tirá-la. Somente ele poderá dizer se existe algum problema, ou diagnosticar uma possível otite infantil.

Também se deve levar o bebê ao pediatra se notar que o pequeno se queixa de dor ou coceira, ou se escuta um apito ou zumbido no seu ouvido. Além disso, existem bebês que por um catarro, gripe ou outra infecção, apresenta uma secreção estranha o ouvido e isso também é razão suficiente para levá-lo ao médico.

Fonte: http://br.guiainfantil.com/blog/saude/ouvidos/como-limpar-os-ouvidos-do-seu-bebe/

terça-feira, 19 de julho de 2016

Benefícios da Natação




Você, certamente, já ouviu sobre os muitos benefícios que a natação proporciona aos bebês e crianças. Estudos já mostraram que a atividade treina a coordenação motora, estimula o sistema cardiovascular, aumenta a capacidade pulmonar e reforça o sistema imunológico.

No entanto, recentemente, especialistas do Conselho Superior da Saúde da Bélgica afirmaram que a natação não é recomendável para bebês com menos de 1 ano. Segundo os pesquisadores, após medirem os riscos e as vantagens do esporte para bebês, eles chegaram à conclusão de que não existem benefícios reais.

Para Micheline Kirsch-Volders, diretora do estudo, nessa idade, as crianças são mais sujeitas a infecções por causa da imaturidade dos pulmões. Além disso, ela alerta para a variação da temperatura entre a piscina e os corredores que dão acesso a ela. Essa diferença brusca pode aumentar a presença de micro-organismos e, consequentemente, o risco de doenças.

Aqui no Brasil, a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é a de que as crianças comecem a praticar natação a partir dos 6 meses. A partir dessa idade, o conduto auditivo (parte interna do ouvido), que até então era reto, forma uma curvatura, dificultando a entrada da água e reduzindo as chances de infecção. Além disso, o bebê também já estará imunizado contra alguns agentes.

Para o médico Mauro Vaisberg, especialista em medicina esportiva do Hospital Samaritano (SP), se a manutenção e a higiene da piscina e da água são bem cuidadas, os benefícios realmente são maiores que as desvantagens. Para evitar doenças, observe se a água é limpa todos os dias, se as crianças tomam uma ducha antes de entrar na piscina e se os bebês usam fralda para natação, alerta o especialista. Se possível, escolha uma piscina sem cloro. Esse produto pode irritar os olhos, maltratar os cabelos e a pele. Além disso, crianças com alergias respiratórias, em geral, não podem frequentar piscinas com cloro.

Qual a piscina ideal para bebês?

As opções de tratamento da água mais comuns ao cloro são à base de sal e ozônio. No caso da salinizada, por exemplo, o processo é simples: a água da piscina é previamente salgada com quatro gramas de sal comum por litro. Depois, ela passa por um processo de eletrólise, produzindo hipoclorito de sódio - um cloro ativo natural que desinfeta e destrói bactérias, algas e micro-organismos sem provocar efeitos colaterais. Já a ozonizada se baseia num sistema elétrico que purifica a água transformando o oxigênio do ar em ozônio, que, por sua vez, age oxidando as impurezas. O ozônio é quase 3.000 vezes mais potente que o cloro. Por isso, com dosagens muito mais baixas você consegue o mesmo resultado.

Se o seu bebê frequentar piscina com cloro, um alerta. Certifique-se de que a escola ou academia utiliza o mínimo de cloro possível na água e não deixe seu filho ficar mais de 30 minutos. Outro cuidado é em relação à temperatura do local da piscina e do corredor que leva ao vestiário. Veja se não há corrente de vento e procure sempre levar um roupão para evitar um possível choque térmico, principalmente nos dias mais frios.


Fonte: http://www.humanasaude.com.br/prontomed-infantil/natacao-faz-bem-para-bebes-atesta-sociedade-brasileira-de-pediatria,20904