domingo, 31 de janeiro de 2016

Zika vírus e microcefalia

O Ministério da Saúde afirma que há fortes indícios da relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia na região Nordeste. O Instituto Evandro Chagas, órgão do Ministério em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê, nascida no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus Zika.


A partir desse achado do bebê que veio à óbito, o Ministério da Saúde considera confirmada a relação entre o vírus e a ocorrência de microcefalia. Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial. As investigações sobre o tema devem continuar para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.

O achado reforça o chamado do Ministério da Saúde para uma mobilização nacional para conter o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela disseminação da dengue, zika e chikungunya. O êxito dessa medida exige uma ação nacional, que envolve a União, os Estados, os Municípios e toda a sociedade brasileira. O momento agora é de unir esforços para intensificar ainda mais as ações e mobilização.

O resultado do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) indica 199 municípios brasileiros em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e zika, sendo necessária uma mobilização, de todos, imediata.





sábado, 30 de janeiro de 2016

Repelentes seguros para grávidas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclarece que não há, dentro das normas da Agência, qualquer impedimento para a utilização de repelentes por mulheres grávidas, desde que estejam devidamente registrados na Anvisa e que sejam seguidas as instruções de uso descritas no rótulo. 
Sendo assim, ante a relação que possivelmente há entre o Zika vírus e os casos de microcefalia diagnosticados no país, o uso de repelentes em mulheres grávidas, está recomendado, uma vez que estudos conduzidos em humanos durante o segundo e o terceiro trimestres de gestação, e em animais durante o primeiro trimestre, indicam que o uso tópico de repelentes à base de n,n-Dietil-meta-toluamida  (DEET) por gestantes é seguro.

Além do DEET, no Brasil são utilizadas em cosméticos as substâncias repelentes Hydroxyethylisobutylpiperidinecarboxylate (Icaridin ou Picaridin) e Ethylbutylacetylaminopropionate (EBAAP ou IR 3535), além de óleos essenciais, como Citronela. Embora não tenham sido encontrados estudos de segurança realizados em gestantes, estes ingredientes são reconhecidamente seguros para uso em produtos cosméticos conforme compêndios de ingredientes cosméticos internacionais.

Nos EUA, os produtos repelentes são regularizados pela United States Enviromental Protection Agency (EPA). As seguintes substâncias estão presentes em produtos regularizados pela EPA: Catnipoil, Óleo de citronela; DEET; IR 3535; p-Menthane-3,8-diol e 2-undecanone ou methylnonylketone. Portanto, os ativos utilizados no Brasil estão dentre os utilizados nos Estados Unidos.

O Center for Disease Control e Prevention (CDC), também nos EUA, recomenda o uso de produtos repelentes por gestante, uma vez que a Enviromental Protection Agency (EPA), responsável pela autorização de uso destes produtos nos EUA, não estabelece nenhuma restrição nesse sentido. Entretanto, destaca que as recomendações de uso da rotulagem devem ser consideradas.

Repelentes ambientais e inseticidas - Repelentes ambientais e inseticidas também podem ser utilizados em ambientes frequentados por gestantes, desde que estejam devidamente registrados na Anvisa e que sejam seguidas as instruções de uso descritas no rótulo.

A Anvisa não permite a utilização de substâncias que sejam comprovadamente carcinogênicas, mutagênicas ou teratogênicas em produtos saneantes. Entretanto, como os produtos são destinados a superfícies e ambientes, não são apresentados estudos com aplicação direta em pessoas o que significa que uma superexposição da gestante ao produto pode não ser segura.

Dessa forma, a segurança para a utilização desses produtos em ambientes frequentados por gestantes depende da estrita obediência a todos os cuidados e precauções descritas nos rótulos dos produtos.

Exemplo de restrição trazida no rótulo é: “Durante a aplicação não devem permanecer no local pessoas ou animais domésticos".

Os produtos comumente utilizados no combate e/ou no controle da população do mosquito 
Aedes aegypti são:
Inseticidas

Indicados para matar os mosquitos adultos e são encontrados principalmente em spray e aerossol. Os inseticidas possuem substâncias ativas que matam os mosquitos e componentes complementares tais como solubilizantes e conservantes.
Repelentes

Apenas afastam os mosquitos do ambiente, podendo ser encontrados na forma de espirais, líquidos e pastilhas utilizadas, por exemplo, em aparelhos elétricos. Os repelentes utilizados em aparelhos elétricos ou espirais não devem ser utilizados em locais com pouca ventilação nem na presença de pessoas asmáticas ou com alergias respiratórias. Podem ser utilizados em qualquer ambiente da casa desde que estejam, no mínimo, a dois metros de distância das pessoas.

Os inseticidas “naturais” à base de citronela, andiroba e óleo de cravo, entre outros, não possuem comprovação de eficácia nem a aprovação pela Anvisa até o momento. Os produtos que se encontram atualmente regularizados na Anvisa com tais componentes possuem sempre outra substância como princípio ativo.

Portanto, todos os produtos apregoados como “naturais”, comumente comercializados como velas, odorizantes de ambientes, limpadores e os incensos, que indicam propriedades repelentes de insetos, não estão aprovados pela Agência e estão irregulares.

Vale ressaltar que não há medicamentos aprovados com a finalidade de repelir insetos. A Tiamina ou Vitamina B não apresenta eficácia comprovada como repelente e esta indicação de uso não é aprovada pela Anvisa.

A Anvisa ressalta, no entanto, que a melhor maneira de evitar os focos do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, combater a dengue, a chikungunya e a zika, ainda é a prevenção. É importante que a população verifique o adequado armazenamento de água, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso que possam acumular água e virar criadouros do mosquito, como, por exemplo, os pratinhos dos vasos de plantas, que podem ser enchidos com areia.

Além disso, é essencial cobrar o mesmo cuidado do gestor local com os ambientes públicos, com o recolhimento regular de lixo nas vias, a limpeza de terrenos baldios, praças, cemitérios e borracharias.
Fonte: http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-+noticias+anos/2015/anvisa+nao+ve+restricoes+no+uso+de+repelentes+por+gestantes

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Depressão Pós-Parto



As expectativas de vivenciar as maiores experiências de alegria cercam a chegada de um filho. Entretanto, a realidade pode se mostrar um pouco distante disto. Não é incomum e muito menos surpreendente, as mães pegarem-se envolvidas com sentimentos que não imaginavam ter neste momento.
O nascimento, além de deixar a mãe exausta e ansiosa, faz com que ela perceba que não tem mais o mesmo controle de sua própria vida devido as constantes exigências do bebê. Mesmo tendo ajuda, há nesta fase, coisas que dependem somente da mãe e que são exigidas a todo o momento (amamentação é um exemplo).
Parte desta montanha-russa sentimental poderá ter origem hormonal, que passa por oscilações em seus níveis. Outra possibilidade é o choque de realidade, quando se tem a percepção exata da responsabilidade de ter que cuidar de um bebezinho e lidar juntamente a isso, com todas as outras mudanças que ocorrem em sua casa e vida.
É importante detectar se o quadro que se apresente é de depressão ou somente este choque inicial de realidade, pois a primeira condição é bastante séria e pode causar impacto em toda família, inclusive interferindo no desenvolvimento do relacionamento entre a mãe, seu bebê e a família.

Sintomas da depressão pós-parto:
Humores e sentimentos
·         Sentir-se incapaz de apreciar a vida (inclusive desinteresse por sexo), desejar coisas e rir.
·         Sentir-se assustada, ansiosa, acabada e triste na maior parte do tempo.
·         Sentir-se inútil e sem valor.
·         Ter ideias de auto flagelamento e suicídio.
Sentindo-se incapaz de lidar com a situação
·         Tudo parece ter um peso insuperável.
·         Incapaz de tomar as menores decisões.
·         Dificuldade para concentrar-se e lembrar-se das coisas.
·         Evitar os amigos e o contato social
Sintomas físicos
·         Incapaz de dormir ou comer ou alternativamente, de dormir e comer o tempo todo.
·         Ter sintomas físicos como dores diversas, dores de cabeça e maior vulnerabilidade a infecções.

Por que algumas mães passam pela depressão pós-parto?
Ter depressão pós-parto não significa que você não quer, não ama ou não acolheu bem o seu bebê recém-chegado. Não existe uma explicação simples para sua causa. No entanto, certa combinação de estresse e preocupações torna muito maior a possibilidade de uma mulher ficar deprimida após o parto.

A depressão pós-parto e o bebê
A mãe é a pessoa mais importante para o bebê e precisa dela, principalmente nas primeiras semanas para que o mundo ao seu redor faça sentido. Para que isto se realize, a mãe precisa ter energia suficiente e demonstrar interesse por seu bebê, para tentar entender o significado de seu choro – se o bebê está com fome, cansado, desconfortável, com as fraldas sujas ou sentindo-se só.
Esse período de aproximação física e emocional é tão importante para o bebê que ele fica muito sensível ao temperamento de sua mãe. Rapidamente nota quando você não consegue “estar lá” para cuidar dele porque está deprimida, ou envolvida em seus próprios pensamentos e sentimentos. Isto pode significar que tanto você como seu bebê estão perdendo um precioso tempo para estarem juntos. Um bebê que não recebe muita atenção, ou que não recebe a atenção adequada sem ter que esperar além do tempo que suporta, pode ficar rapidamente confuso e preocupado. Esse ser indefeso e em tudo dependente pode ficar assustado se não conseguir que sua mãe sorria ou preste atenção nele. O bebê pode sentir que sua mãe o está rejeitando e ficar angustiado com isso.
É importante entender também que os bebês nascem com temperamentos diferentes. Desde o começo, o tipo de bebê que a mãe tem pode influenciar no fato dela ficar ou continuar deprimida, principalmente se ela for vulnerável à depressão pós-parto.

Atendendo as necessidades do bebê e da mãe
Os bebês precisam dos cuidados dos pais para nutrir o seu desenvolvimento emocional e construir sua própria capacidade de pensamento e aprendizagem. Mas isto não precisa depender apenas da mãe o tempo todo. A mãe precisa ser protegida e ter tempo de recuperar suas energias – ela não pode ficar de plantão o dia e a noite toda. Pais, avós e outros, se presentes, podem ajudar a cuidar do bebê com atenção essencial ao seu desenvolvimento.

Conseguindo ajuda
A depressão pós-parto afeta muitas mães e não há nada do que se envergonhar. É importante ser capaz de reconhecer que você pode estar sofrendo e procurar ajuda o mais rápido possível. Profissionais da saúde são treinados para identificar os sintomas. Você pode se sentir aliviada quando o seu médico ou outro profissional de sua confiança reafirmarem que você não está ficando louca, mas que está sofrendo de depressão pós-parto – algo que pode ser tratado com eficiência de várias maneiras. O pai também pode se sentir deprimido após o nascimento do bebê. Mesmo que ele não passe tanto tempo cuidando do bebê como você, para a saúde dele e para o bem estar de toda a família, é importante que ele também receba apoio.

Medicação
Na consulta com o seu clínico geral, talvez você chegue à conclusão de que antidepressivos sejam a solução. Esses medicamentos são com frequência um tratamento eficaz contra a depressão pós-parto. Podem animá-la e aliviar os piores sintomas da depressão, ajudando-a a sentir-se mais controlada e capaz de atender as necessidades do bebê que está crescendo. Os antidepressivos não viciam e podem ser tomados por meses a fio. Se você estiver amamentando, o seu médico pode receitar os antidepressivos mais adequados. Mas a medicação nem sempre é necessária e, de qualquer maneira, não basta por si só. Ela pode e muitas vezes deve ser oferecida juntamente com apoio e aconselhamento.
O importante é que você tenha espaço suficiente e oportunidade para falar de sua própria situação e de seus sentimentos a respeito. Isto pode requerer de você uma reflexão a respeito de suas experiências de gravidez e parto, de sua própria infância e dos cuidados que recebeu de seus pais e possivelmente também de outras experiências significativas de sua vida.




Fonte: http://www.ip.usp.br/portal/images/stories/lefam/ATT00026.pdf

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Divórcio e separação


Quando os relacionamentos dão errado e se dissolvem é o momento de enfrentamento de várias perdas. Todos são afetados. Trata-se de perder o compartilhamento da vida e de desistir da ideia de um futuro em conjunto como família.
Nas separações, geralmente quem permanece morando com os filhos é a mãe. Além do momento difícil que a separação já traz, a mulher tem que buscar forças para tentar apoiar os filhos que assim como ela estão perdidos nesta nova condição. Muitas vezes as separações ocorrem em situação de litígio, muito conflito e rancor. Ter que administrar tudo isto e fazer com que o que restou da família continue em pé, é uma tarefa extenuante. Um apoio nestas horas é fundamental. A família pode ajudar, mas se não for possível, talvez um apoio psicológico seja de muito boa ajuda, pois além de ser um profissional capacitado, está fora do contexto familiar e pode enxergar a situação sem envolvimento emocional.
Sempre que possível, é importante que os filhos mantenham contato com ambos os pais e com toda a família (avós, primos, tios, etc).
Se a separação é amigável, melhor, pois o casal poderá trabalhar junto para diminuir as dificuldades à medida que vão aparecendo. O contrário é bastante verdadeiro, pois não há boa vontade de entender o ponto de vista um do outro.
Alguns pais, aqueles que saem de casa, muitas vezes, por diversas razões, decidem que é melhor dar um tempo na relação com os filhos e se afastam. O problema é que os filhos se sentem tremendamente magoados com o afastamento e se sentem rejeitados, mesmo quando o genitor que se afastou acha este o melhor caminho naquele momento. Mas, qualquer contato é melhor do que nenhum. Se é impossível visitar, ao menos manter contato via web, telefone, email, cartões de aniversário, WhatsApp. Qualquer contato faz com que a insegurança da criança diminua, quanto à incerteza do amor dos pais.

Visitas
Depois de combinadas, as visitas devem ser respeitadas rigorosamente, pois caso isto não aconteça pode gerar alguns conflitos, devido a, por exemplo:
  • ·         O genitor com a guarda tem sempre a sensação de que as visitas podem parecer puro divertimento, enquanto este fica com a responsabilidade diária das tarefas e rotinas como escola, lições de casa e disciplina, isto é, a parte chata. Se os horários forem flexíveis, pode achar que nunca pode fazer seus próprios planos e ter sua privacidade.
  • ·         O visitante pode encarar perguntas a respeito daquilo que acontecerá durante a visita como um questionamento de sua capacidade como pai (mãe).

As crianças devem ser protegidas o máximo possível dos estados de beligerância entre os adultos. Lembrar-se de que apesar de separados, ainda são pai e mãe da(s) criança(s).
A criança não precisa ser informada de todos os detalhes a respeito do rompimento com o ex-parceiro, mas é importante que elas conheçam os fatos a respeito do futuro delas. Por exemplo:
·         Quando verão seu pai (ou mãe) e seus avós, tios e primos.
·         Se irão mudar de residência ou de escola.
Tentar dissuadir os filhos a tomar um partido não traduz o melhor interesse da criança. Com uma atitude como esta, eles podem se sentir desleais, não importa o que façam e fica mais difícil entenderem seus sentimentos.

Como as crianças expressam seus sentimentos
Os seus filhos podem precisar transmitir a você toda a raiva, dúvidas e sentimentos de impotência que lhes sobrecarregam. É mais fácil para eles lidar com a situação quando são capazes de tornar claro o seu sofrimento e quando sentem-se confiantes de que suas necessidades continuarão a ser atendidas. 
As crianças, tal como os adultos, reagem de maneira própria ao stress e à infelicidade. Suas reações variam também de acordo com a idade.

Disciplina
As crianças provavelmente sentirão muita inconsistência dos adultos que estão sofrendo, preocupados com a separação. Como resultado disto, a disciplina será provavelmente uma questão mais difícil a se lidar do que antes. Você pode ficar ansiosa(o) sobre o que os seus filhos estão liberados para fazer quando estão com seu(sua) ex-parceiro(a), ou poderá descobrir que seu(sua) novo(a) parceiro(a) encara a disciplina de modo diferente. Tente não descontar essa situação nas crianças. Os pais precisam entender que é deles a responsabilidade de resolver tudo isso. Eles às vezes perdem o senso de proporção quanto à disciplina e ao comportamento dos filhos quando ficam ansiosos a respeito dos possíveis efeitos da separação. Podem encarar o bom comportamento principalmente como reafirmação de que os filhos não sofreram, ou podem se mostrar mais intolerantes a maus comportamentos por causa das suas próprias preocupações e culpas.

Novas famílias
Quando as famílias se dissolvem, geralmente formam novas famílias. Se você tem um novo parceiro, tem também a esperança de construir um novo futuro para a sua família, juntos. Você precisa se lembrar que pode estar pedindo muito a seus filhos em um momento em que estão tentando administrar a perda de um dos pais. Eles têm que:
• aprender a lidar com o novo adulto, que parece ter assumido o lugar que era da mamãe ou do papai
• conhecer novos avós, irmãos e, é claro, os bebês que virão do novo relacionamento
• discriminar as antigas lealdades e os novos sentimentos de ciúme 

          • acostumar-se a diferentes maneiras de fazer as coisas e novos arranjos de moradia, tais como compartilhar com outros o quarto de dormir. Mesmo para as crianças muito pequenas, é importante deixar claro que o(a) seu (sua) novo(a) parceira não se tornou, automaticamente, um novo papai ou uma nova mamãe. Um relacionamento tão íntimo só pode se desenvolver com o tempo – e mesmo assim apenas se o novo pai (ou nova mãe) e o(a) novo(a) filho(a) desenvolverem esse sentimento um(a) pelo(a) outro(a). É melhor, nesse meio tempo, aceitar que uma certa distância seja inevitável e mais respeitosa para todos os envolvidos. Seu (sua) ex-parceiro(a) também não quer sentir que outra pessoa está ocupando o seu lugar como papai, ou mamãe. Se você conduzir as coisas com vagar, será possível acertar um arranjo que seja plausível para todos.

Fonte:http://www.ip.usp.br/portal/images/stories/lefam/5_Divorcio_e_separacao_OK.pdf

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Mais sobre o método Montessori





Maria Montessori escreveu pequenos mandamentos para pais de família. São orientações simples, mas se você refletir sobre elas, verá que possuem grande sabedoria em poucas palavras.

É uma maneira muito provável de que sua relação com seus filhos melhore em qualidade e quantidade. Além disso, eles crescerão com uma personalidade mais desenvolvida e serão indivíduos mais próximos da vida em harmonia.

1. Crianças aprendem com aquilo que está a seu redor.

2. Se você critica muito uma criança, ela aprenderá a julgar.

3. Se você elogia uma criança com frequência, ela aprenderá a valorizar.

4. Se a criança é tratada com hostilidade, ela aprenderá a brigar.

5. Se você for justo com a criança, ela aprenderá a ser justa.

6. Se você frequentemente ridicularizar a criança, ela se transformará em uma pessoa tímida.

7. Se a criança cresce sentindo-se segura, aprenderá a confiar nos outros.

8. Se você denigre a criança com frequência, ela desenvolverá um sentimento de culpa que não é saudável.

9. Se as ideias da criança são aceitas regularmente, ela aprenderá a se sentir bem consigo mesma.

10. Se você for condescendente com a criança, ela aprenderá a ser paciente.

11. Se você elogia o que a criança faz, ela conquistará autoconfiança.

12. Se a criança vive em uma atmosfera amigável, sentindo-se necessária, aprenderá a encontrar o amor no mundo.

13. Não fale mal de seu filho ou filha, nem quando ele ou ela estiver por perto, nem se estiver longe.

14. Concentre-se em desenvolver o lado bom da criança, de maneira que não sobre espaço para o lado mau.

15. Escute sempre a seu filho e o responda quando ele quiser fazer uma pergunta ou comentário.

16. Respeite seu filho mesmo que ele tenha cometido um erro. Deixe para corrigi-lo depois.

17. Esteja disposto a ajudar quando seu filho estiver procurando algo, mas esteja também disposto a passar despercebido se ele já encontrou o que procurava.

18. Ajude a criança a assimilar o que ela não conseguiu. Faça isso enchendo o espaço que o rodeia com cuidado, discrição, silêncio oportuno e amor.

19. Quando se dirigir a seu filho, faça isso da melhor maneira possível. Dê a ele o melhor que há em você.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Método Montessori




Maria Montessori *1870 +1952 – idealizadora do método e sem dúvida uma das mais altas representantes femininas da pedagogia moderna.


Escolhi o método Montessori para a educação infantil e ensino fundamental I dos meus filhos depois de ler alguns livros de psicólogos e educadores. Alguns indicavam o método e vou explicar abaixo as razões pelas quais eu o recomendo.


Dentre as maiores qualidades que vejo neste método estão o respeito às diferenças individuais de cada aluno e a possibilidade da criança escolher suas atividades. O aprendizado se dá através de atividades práticas, proporcionando uma forma de vivenciar o conhecimento. O que se vivencia, dificilmente se esquece.


O método dá oportunidade à criança de criar uma consciência de si mesmo, da sua própria vida, dos outros, do mundo e de Deus (ou qualquer outra crença que possa ter). Sendo educador de si mesmo, tem a possibilidade de escolher seu trabalho, de se mover por conta própria, de se tornar responsável pelo seu progresso e crescimento. Por ele, a criança caminha para a independência e liberdade, numa atitude autodirigida.


O professor se posiciona como observador do processo de aprendizagem e interfere no trabalho apenas quando solicitado ou percebe alguma dificuldade.


Uma vez que respeita as diferenças individuais torna o processo educacional mais natural para a criança e promove muito menos sofrimento, uma vez que torna-se muito menos evidente nos grupos as dificuldades eventualmente apresentadas individualmente, que serão corrigidas no tempo de cada um.


Dentre os materiais didáticos, por exemplo, temos O "Material Dourado" que é um dos materiais criado por Maria Montessori. Este material baseia-se nas regras do sistema de numeração, inclusive para o trabalho com múltiplos, sendo confeccionado em madeira, é composto por: cubos, placas, barras e cubinhos. O cubo é formado por dez placas, a placa por dez barras e a barra por dez cubinhos. Este material é de grande importância na numeração, e facilita a aprendizagem dos algoritmos da adição, da subtração, da multiplicação e da divisão. Desperta no aluno a concentração, o interesse, além de desenvolver sua inteligência e imaginação criadora, pois a criança está sempre predisposta ao jogo. Além disso, permite o estabelecimento de relações de graduação e de proporções, e finalmente, ajuda a contar e a calcular.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

O Choro do Bebê

  
Nenhum bebê obviamente é igual ao outro. Alguns são calmos e outros parecem ter um pouco mais de dificuldade para se adaptar ao mundo pós útero. Quando se sentem confortáveis, ambos os tipos dormem como anjinhos, mas bastam estar molhados, sujos, com fome, sozinhos ou apenas se sentindo abandonados que lançam mão do único recurso que têm para o momento: aprontar o maior pampeiro.
É importante que fique claro que nenhum bebê exige mais do que necessita, mesmo que suas exigências pareçam infinitas.
Então vai a pergunta: por que os bebês choram? Primeiramente é a forma de demonstrar seus sentimentos. À vezes pode ser comida (ou apenas precisa sugar para se sentir confortável), outras vezes quer que você o segure e converse com ele, mas geralmente, está atrapalhado consigo mesmo e com o mundo. O bebê é pequeno demais para se virar sozinho, portanto o melhor a fazer neste caso é proporcionar-lhe uma companhia consoladora. O choro do bebê é a forma como a natureza encontrou para nos fazer sentir um pouco de sua angústia.
Claro que há os casos dos bebês constantemente irritados e mal-humorados. Se depois de ter consultado seu médico e tiver certeza que a irritabilidade é uma característica da sua personalidade... Bom, com estes a gente começa até a achar que nada funciona, mas funciona ter alguém que dê uma folguinha e fique um pouco com o pacotinho de mal-humor para que se possa reabastecer as baterias, pois o próprio bem estar do bebê, depende da sanidade dos pais. A boa notícia é que o probleminha, com o tempo desaparecerá!

O que fazer para ajuda-lo?

Primeiramente observando o bebê e tendo em mente que nenhum bebê é igual ao outro:
Alguns bebês gostam de ambientes tranquilos, assustam-se facilmente o que os torna irritadiços e outros gostam da vida presente ao redor;
Tocar e sugar podem fazer maravilhas para alguns bebês; outros não sentem prazer no toque;
Há os que preferem dormir sozinhos, já deitados no seu berço; para outros, ninar e colocar no berço é o fim do mundo.

O bebê dorme a noite toda?

É raro, mas pode acontecer. Os bebês não sabem distinguir o dia da noite. Dormem muito, sem fazerem esta distinção. Seu sistema digestivo não suporta muitas horas sem alimentação e isto vale mais ainda para os bebês que mamam no peito.
Os bebês não acordam somente porque estão famintos. Eles simplesmente acordam e querem companhia. Assim que passam a perceber que os pais estão por perto, passam a se entreterem sozinhos por algum tempo em que permanecem acordados.

Ajudando o bebê a dormir

Tente tornar a rotina de dormir uma ação plena de paz e respeito por toda a família;
Dê um tempo para o bebê acomodar-se sozinho, mesmo se estiver resmungando, mas não o deixe angustiado chorando se ele não conseguir descansar, ou se estava dormindo e acordou novamente;
À noite, converse como o bebê calmamente, tentando manter um clima tranquilo, induzindo ao sono, para que ele entenda que esse período é diferente do dia;
Tente descansar o máximo possível sempre que o bebê dormir;

Faça o máximo para ter bons momentos com o bebê sempre que tiver chance e ele estiver alegre. São essas recordações que irão ajuda-los a enfrentar os momentos difíceis.

Fonte: http://www.ip.usp.br/portal/images/stories/lefam/4_Choro_e_sono_nos_primeiros_meses_de_vida.pdf