quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Sua saúde bucal pode afetar a saúde do seu bebê?


Você sabia que sua saúde bucal pode influenciar na saúde do seu bebê?
Está comprovado que mães que apresentam doenças na gengiva (sangramento abundante) têm maior chance de terem bebês prematuros e de baixo peso.
A doença das gengivas (periodontal) é responsável por 10% do total dos nascimentos de bebês prematuros e, portanto de baixo peso.
Mães com doença periodontal afetando mais de 60% da dentição têm em 7,5 vezes aumentado o risco de terem parto prematuro. 
Bebês prematuros têm grande chance de desenvolverem distúrbios neurológicos, cegueira e problemas respiratórios.

Alterações gengivais na Gravidez:

Alteração do sistema vascular gengival.
Aumento da permeabilidade vascular, resultando em edema gengival e aumento de fluido gengival.
Diminuição da queratinização do epitélio gengival.
Aumento da progesterona – estimula a produção de prostanglandina (hormônio que promove contrações uterinas).
Aumento do nível de Prevotella intermedia - Kornman e Loesche, JPR, 1980 – Jonsson er AL, JDR, 1988 ( bactéria que ajuda a aumentar a inflamação da gengiva).
Existindo a gengivite ele pode se agravar se medias de controle de placa (biofilme) não forem instituídas.

A gestação normal não contraindica, necessariamente, o tratamento odontológico, se o estágio da gestação e a duração dos procedimentos permitirem.

Primeiro Trimestre: período da organogênese.
Segundo Trimestre: melhor época para a realização de procedimentos odontológicos.
Terceiro Trimestre: maior desconforto da gestante - evitar procedimentos demorados.

Os tratamentos de emergência devem ser realizados em qualquer fase da gestação, pois a tensão gerada pela dor é muito mais prejudicial do que qualquer procedimento realizado na clínica.
A dor e a ansiedade geradas por uma emergência odontológica pode ser muito mais prejudicial ao feto do que o tratamento propriamente dito.


O que se recomenda na gravidez é um controle do biofilme bucal, com objetivo da manutenção de um sistema periodontal (gengivas) saudável e adequação do meio bucal. No caso de haver cavidades abertas, instituir medidas provisórias para que a mulher passe a gravidez confortavelmente e possa após o parto dar continuidade ao tratamento, caso não seja possível realiza-lo de imediato.

Fonte: Programa Meu Bem Querer - SMS - Ribeirão Preto - SP


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Ciúmes entre irmãos

Ciúmes entre irmãos



A primeira notícia de ciúmes entre irmãos nos contada é a de Caim e Abel. Para alguns, ainda os primeiros irmãos do mundo. A evolução das espécies diz que não é e eu faço parte deste segundo grupo. Isto tudo para dizer que ciúmes entre irmãos é uma coisa recorrente, antiga, para não dizer natural. Quando nascem os irmãos é comum um sentimento de encantamento, amor e ao mesmo tempo de ressentimento e culpa. Ressentimento por ter sido tirado alguma coisa que era de direito e culpa porque você ama este irmão e sabe que ele tem os mesmos direitos que você e ainda se sente assim. Simples e complicado deste jeito. Algumas vezes, se os pais são hábeis e os adultos próximos não são suficientemente estúpidos ao ponto de colocarem o dedo na ferida, as coisas se ajeitam. Já casos entretanto, que o sentimento pode perseverar por toda vida.
É natural e normal que os filhos mais velhos apresentem demonstrações de ciúmes, ressentimento, insegurança, raiva e infelicidade como resposta ao nascimento do novo irmãozinho. 
O que fica por vezes difícil para os pais entenderem é a maneira pela qual esses sentimentos se expressam: 
• Algumas crianças tentam machucar o bebê fisicamente, ou dizem para quem quiser ouvir que eles querem que o bebê vá embora. 
• Outras podem demonstrar todo o carinho do mundo para o novo irmãozinho, mas ficam agressivas e hostis com a mãe. 
• Podem ficar retraídas, passando a chupar o dedo e a molhar a cama. 
• Outras, ainda, podem ter um comportamento ótimo em casa, mas cheio de problemas na escola. 

Cada criança apresenta algum tipo de dificuldade diferente relacionada ao irmão: 
• A criança pode aceitar o novo irmãozinho sem demonstrar ciúme, mas quando o bebê já estiver com nove meses e quiser pegar seus brinquedos, um ressentimento exacerbado pode aflorar. 
• Podem surgir problemas no momento em que a criança mais nova começa a se socializar, faz seus próprios amigos e não depende mais tanto de seu irmão mais velho. 
• A criança pode parecer mais popular ou bem sucedida na escola do que o irmão mais velho. Irmãos e irmãs podem ser muito unidos em determinados períodos, mas podem surgir ocasiões em suas vidas em que sentimentos de ciúmes tornamse um peso para eles.


O QUE OS PAIS PODE FAZER
Preparar a criança para a chegada do novo integrante da família é uma boa idéia. Para o primogênito o nascimento do irmão significa que ele deixa de ser o foco de toda atenção da famíla para ter que dividí-la com um bebê que nem sequer pode brincar com ele e que ainda por cima, chora, requer muita atenção e cuidado constantes, o que pode distanciá-lo da mãe, temporariamente. Como isto pode ser muito frustrante para uma criança pequena, sentimentos ruins poderão aparecer e serão principalmente contra o irmão e a mãe. Para isso ser menos traumático, mesmo estando exausta, a mãe deve reservar um tempo exclusivo com seu filho mais velho, para que ele se sinta tão amado quanto sempre foi (deixe o menor com o pai para isso).
Se achar que está na hora de colocar seu filho mais velho na escola devido à chegada do novo integrante, por favor, não deixe para fazer isso depois do bebê nascer. O mais velho vai sentir-se como um objeto que está atrapalhando e precisa ser posto em outro lugar para não fazê-lo, pelo menos pelo tempo em que está naquele lugar horrível que os pais o coloraram (por mais legal e melhor que seja a escola, se for assim que fizerem, eles vão achá-la detestável). Há crianças que precisam de adaptação para ficar na escola. Como, com um recém-nascido, você pretende dar atenção ao seu maiorzinho? Então, coloque-o pelo menos uns 6 meses antes do bebê nascer na nova escola que tudo ficará bem.
Passe tarefas pequenas e leves para seu filho, para motivar seu relacionamento com o bebê. Não force se a resposta for negativa, mas mostre todo o seu apreço por cada ajuda que receber. 
Seja firme com relação a comportamentos negativos, mas sem fazer seu filho sentir-se culpado. Mostre que o errado é o comportamento, e não ele próprio.
Uma coisa muito importante que sempre gosto de me lembrar é que a gente erra muito menos se faz as coisas com amor e a outra é que o mundo não é feito de filhos únicos e cabe a cada um de nós, e portanto de nossos filhos também, encontrar nosso lugar nele.

Fonte: http://www.ip.usp.br/portal/images/stories/lefam/ATT00032.pdf