Os anos da adolescência colocam pais e
filhos sob muita pressão emocional, e isto pode parecer muito ameaçador:
• Ao ver que os filhos querem se
distanciar da família, os pais frequentemente se sentem incapazes e
inadequados.
• Os filhos adolescentes podem mexer
com os pais de tal maneira, que estes não conseguem dar um passo
atrás e compreender o que os filhos estão precisando.
• Os desafios e emoções que os filhos
fazem os pais viverem podem trazer à tona dúvidas e inseguranças a respeito de
suas próprias crenças e das escolhas que fizeram em suas vidas.
É importante que os pais possam:
• tornar seus valores e sua posição bem clara;
• dizer claramente o que querem e julgam
inaceitável;
• dar bons motivos para as suas regras;
• insistir que algumas sejam observadas
já em casa.
Sexo – talvez uma das questões mais difíceis para pais e
filhos
A maioria dos jovens acha impossível
visualizar seus pais tendo uma vida sexualmente ativa. Também é igualmente
difícil para os pais reconhecerem o desabrochar sexual de seus filhos
adolescentes, os seus fortes desejos sexuais e a realidade do fato de que já
são fisicamente capazes. Não saber o que os seus filhos adolescentes estão
“aprontando” pode provocar enorme ansiedade, e a imaginação pode correr solta.
A não ser que os pais aceitem a ideia
de uma vida sexualmente ativa dos jovens, eles não serão capazes de passar as
informações e o apoio que os filhos adolescentes tanto necessitam.
A maioria dos jovens quer saber mais do
que os fatos básicos que aprendem na escola. Os adolescentes precisam de acesso
a informações sobre contraceptivos, sobre os riscos de uma gravidez e sobre
doenças sexualmente transmissíveis. As evidências sugerem que estas informações
não constituem um estímulo para a atividade sexual - pelo contrário, fornecem a
confiança de que eles precisam para retardar o processo. Quando chegar a hora,
eles estarão mais preparados para usar o melhor método contraceptivo. Devido à
alta incidência de gravidez entre adolescentes, da AIDS e outras doenças
sexualmente transmissíveis, este tópico deve receber prioridade.
Os jovens querem que os pais os ajudem
a lidar também com os aspectos emocionais dos relacionamentos. Pode ser difícil
fazer isso de uma maneira positiva e encorajadora se os pais mesmos estiverem
se sentindo desencantados, com pouca confiança e não muito resolvidos em
relação à sua própria identidade sexual e escolha do parceiro – e mesmo quando
estão resolvidos! Os jovens querem desafiar a atitude de seus pais em relação a
sexo e com facilidade sabem como atingir as inseguranças deles a respeito de
questões sexuais. Compartilhar certos aspectos de suas próprias experiências e
ser honesto a respeito dos dissabores e das dificuldades de se ter e sustentar
um relacionamento sexual duradouro será, provavelmente, uma atitude bem vinda.
Como as escolas podem ajudar
Um ambiente escolar saudável pode ser
meio caminho andado entre a segurança de casa e as exigências e pressões do
mundo adulto. As pesquisas com jovens fornecem uma visão daquilo que pode
ajudá-los a se sentirem mais confiantes em si mesmos e capacitados para as
novas conquistas. O que eles mais valorizam é um ambiente escolar que ofereça
cuidados para que se sintam seguros e valorizados. Os jovens querem escolas que
reconheçam que o seu estado de espírito afeta a sua capacidade de aprender.
Exames escolares
Tanto os garotos como as garotas deste
grupo etário preocupam-se com os trabalhos escolares e os exames, e consideram
estes como os principais causadores de seu estresse. Pode ser mais fácil
imaginar isso com nossas filhas por vezes perfeccionistas e super
conscienciosas, mas não com os rapazes “bon vivants” que deixam tudo para a
última hora. O que às vezes tanto os pais como os professores não notam é que
por trás de toda essa rebeldia pode estar uma ansiedade real sobre as futuras
conquistas. O fantasma do desemprego pode ser aterrorizador, mesmo nessa idade.
Se você teme o futuro e o fato de ainda não saber o que vai ser, provavelmente
você tenderá a ficar mais insatisfeito e desmotivado. Os pais e professores
precisam reconhecer como esses jovens são vulneráveis. Sem o apoio adequado,
conselhos e incentivos, eles podem escolher caminhos que sejam os mais
atraentes para o momento. Um adolescente sem uma visão realista do futuro pode
se voltar para atividades que despertem emoções mas que não desenvolvem suas
mentes, como usar drogas ou dirigir em alta velocidade – qualquer coisa que
apague a realidade que está por vir.
Ajuda na escola
Muitas escolas tentam encontrar
maneiras de oferecer ajuda aos alunos vulneráveis. Elas possuem orientadores ou
treinam os próprios alunos para oferecerem apoio e aconselhamento aos seus
pares. É importante que os pais saibam como funciona o lado educacional da
escola:
• Que sistema existe para oferecer
apoio individual a cada criança;
• Quem fica responsável pelos alunos;
• Que processos existem quando algo de
errado acontece;
• Qual a política anti-bullying da
escola, e se a implementam de uma maneira eficaz e reconhecida pelos alunos.
Os
adolescentes podem ficar bastante constrangidos e chateados se acharem que seus
pais estão “metendo o nariz” no que eles entendem ser “seu território”. Ainda é
preciso trabalhar muito para mudar o conceito de que apenas os fracos e
inadequados pedem ajuda. Um bom contato e envolvimento casa-escola, lidado com
sensibilidade, pode fazer toda a diferença.
Ana, acho que uma boa maneira de conversar assuntos mais complicados com os filhos é convidando -os para assistir a um filme com os assuntos selecionados , e aí, direcionar, questionar, saber o que eles pensam disso ou daquilo, dessa ou daquela atitude ...
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