quinta-feira, 10 de setembro de 2015

O desenvolvimento emocional do bebê


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O desenvolvimento emocional do bebê
Pensava-se que o desenvolvimento emocional do ser humano iniciava-se no momento de seu nascimento. Com o passar do tempo, e depois de muitas pesquisas, tanto na área tecnológica como psicanalítica, foi concluído que o desenvolvimento do psiquismo humano tem início ainda no ambiente intrauterino.
Esse fato pode ser claramente comprovado observando-se a alternância de intensidade nos movimentos fetais, e nos batimentos cardíacos do bebê através da ultrassonografia e da ecografia, de acordo com as alterações emocionais da própria mãe. Sendo assim é de extrema importância para o deu desenvolvimento emocional, que o bebê se sinta querido, amado, desejado e participante da nova família.
No ventre materno, o bebê tem acesso a determinados sons, que com o passar da gestação, tornam-se familiares a ele, tais como: os batimentos cardíacos da mãe, os sons da digestão, fases, a voz da mãe, pai e pessoas do convívio familiar e alguns outros sons externos que, mesmo um pouco abafados, continuam audíveis pelo feto. No caso de alguma alteração no estado emocional da mãe, esses sons se modificam e há a produção alterada de hormônios e substâncias químicas que, ao penetrar na corrente sanguínea, ultrapassam a barreira placentária chegando ao feto, fazendo com que o ambiente até então tranquilo e confortável torne-se sombrio e ameaçador.
Nesse momento, a mãe pode perceber claramente a mudança no comportamento do feto. Muitas vezes torna-se agitado demais, como se estivesse tentando se defender, ou para bruscamente os seus movimentos caindo em sono profundo como num mecanismo de fuga.
As emoções sentidas pela mãe são integralmente sentidas pelo bebê, causando muitas vezes um grande sofrimento e desconforto por parte do feto. Nesse momento é importantíssima a qualidade do vínculo afetivo firmado entre mãe e bebê, pois no caso de haver qualquer alteração emocional o bebê enviará uma resposta de desconforto, que prontamente será percebida pela mãe, que tentará aliviar essa tensão do bebê, conversando com ele, fazendo um carinho no ventre, de modo que o ambiente intrauterino volte a apresentar o conforto necessário para que o bebê se sinta amparado e protegido.
A participação do pai e irmãos nessa busca pela tranquilidade intrauterina também é importante, pois além de o bebê se sentir desejado, amado e membro da família, facilita o reconhecimento paterno precoce e consequentemente a formação do vínculo familiar no bebê logo após o nascimento. Portanto, o pai e irmãos devem acariciar o ventre da mãe e conversar com o bebê o máximo que puderem.


Fonte: http://pediatraonline.com.br/wagnerdantas/Artigo/?artigoId=1939
Wagner Dantas – Pediatra em Fortaleza – CE- colaborador da publicação Pediatra on line

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