sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Prevenção em Odontologia – Selantes


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Prevenção em Odontologia – Selantes
A cárie dentária é uma doença infectocontagiosa de etiologia multifatorial, transmissível, progressiva, porém reversível que pode atingir o esmalte, a dentina, que sem tratamento adequado, pode chegar à polpa comprometendo, assim, a vitalidade dentária.

Com o intuito de prevenir e combater a instalação dessa doença, nas superfícies oclusais (mastigatórias e rugosas) , o cirurgião-dentista emprega uma série de procedimentos preventivos, dentre os quais a aplicação de flúor, controle de biofilme, modificação da dieta e a orientação e educação dos pacientes ou dos seus responsáveis.

O selamento de cicatrículas e fissuras oclusais (aplicação de selante) também pode ser utilizado como uma medida preventiva adicional, principalmente para aqueles pacientes que são considerados de alto risco, como as crianças.

Os selantes são materiais usados para recobrir as superfícies oclusais.




Eles contribuem para a prevenção da cárie dentária e redução ou paralisação do progresso da lesão (função cariostática). O selante forma uma barreira física (obstrução mecânica) entre a superfície dentária exposta e o meio bucal aumentando a resistência à cárie dentária devido às pequenas porções do material permanecerem no interior das cicatrículas e fissuras evitando, assim, o início do processo carioso. Dependendo do tipo de selante utilizado além da obstrução mecânica dos acidentes anatômicos, também é observada liberação periódica de flúor. Portanto, o selante além de agir na resistência da estrutura dental, também favorece o controle do crescimento de Streptococcus mutans (principal agente biológico da doença cárie) e a diminuição do acúmulo de biofilme.

Indicações

Os selantes são indicados para pacientes de alto risco, ou seja, aqueles que possuem cárie ativa, superfície oclusal hígida escurecida ou com cárie de esmalte/dentina superficial, quando o dente não estabeleceu a oclusão funcional (ainda não tem contato com o antagonista) e possui fossas e fissuras profundas com acúmulo de biofilme. Indivíduos que não cooperam com as medidas preventivas adotadas, que possuem dentes em época de irrompimento na cavidade oral e com maturação pós-eruptiva, o qual se torna mais susceptível à descalcificação também são indicados para esse procedimento. Além disso, há indicação para crianças com necessidades especiais, com lesões de cárie extensas nos dentes decíduos, indivíduos com algum tipo de comprometimento, físico que tenham dificuldades motoras ou que sejam mentalmente incapazes.

Contraindicações

Os selantes são contraindicados para pacientes sem atividade da doença cárie, que possuem dentes em oclusão funcional com mecanismo de limpeza ativado com fossas e fissuras rasas e bem fechadas e para indivíduos que são coparticipantes do tratamento indicado. Dentes irrompidos a mais de 3 anos que se apresentam livres de cáries oclusais, também podem ser mantidos sem a necessidade do emprego de selantes

Como vantagem, os selantes apresentam pouco ou nenhum desconforto para o paciente, preservam a estrutura dental, diminuem o número de bactérias na superfície dental e previnem a formação da cárie.

Vale salientar que as técnicas de selamento podem ser não invasivas e invasivas. Na primeira, o selante é aplicado sobre as áreas sem o preparo mecânico, ou seja, onde na superfície dentária não há lesão de cárie. Os dentes selecionados para o tratamento, não devem possuir suspeita de cárie. Já na técnica invasiva, é utilizada em áreas onde se tem suspeita de cárie ativa. Antes da aplicação do selante, faz-se o uso de uma broca com ponta diamantada para remoção do esmalte alterado, favorecendo a penetração do selante.

http://www.escs.edu.br/pesquisa/revista/2013Vol24_3_6_Selantestecnica.pdf

Elaborado à partir do artigo – Selantes: uma técnica eficaz na prevenção da cárie, de:
Isabela Dantas Torres de Araújo 1
Myla Marilana Freire da Cunha 1
Marcelo Gadelha Vasconcelos 2
Rodrigo Gadelha Vasconcelos 2

1 Curso de graduação em Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN. Natal-RN, Brasil.
2 Universidade Estadual da Paraíba-UEPB. Araruna-PB, Brasil

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